Fim de ano é clima de celebração. Então, para ajudar na escolha de bons filmes, nós do Clube Cinema, recomendamos alguns longas emocionantes e originais da Netflix para esse período.
Boas Festas! Vamos lá!
MANK (2020) de David Fincher
Sinopse: A história tumultuosa de Herman J. Mankiewicz (Gary Oldman), roteirista da obra-prima icônica de Orson Welles, “Cidadão Kane”. Os bastidores da Hollywood clássica e sua luta contra Welles pelo crédito do texto do grandioso longa.
Mank é grande carta de amor de Fincher a “Hollywood Dourada”. Grandes estúdios, atores, produtores, os bastidores de Hollywood clássica. O longa é uma celebração do cinema clássico.
Através de flashbacks e no tanto que Herman J. Mankiewicz (Mank) se recupera de um acidente em uma cama, vamos acompanhando o nascimento do roteiro quase que mítico do clássico “Cidadão Kane”.Mas quem é o verdadeiro autor do renomado filme? Mank ou Orson Wells? Fincher escolhe seu lado: Mank. Porém, o diretor homenageia Wells utilizando as técnicas presentes em Kane, que tanto ajudaram a revolucionar o cinema, como por exemplo a profundidade de campo de toda a cena.
Quem é fã e esperava mais a presença de Wells, fundida com o texto um pouco difícil para quem desconhece a época tratada, pode afastar um pouco o público. Contudo, Mank é sem dúvida, mas um grande filme de Fincher e mais uma grande atuação de Gary Oldman.
O Que Ficou Para Trás (2020) de Remi Weekes
Sinopse: Um casal de refugiados faz uma fuga angustiante do Sudão do Sul, devastado pela guerra, lutando para se ajustar à sua nova vida em uma cidade inglesa. O que eles não contavam é que essa cidade possui um terrível mal escondido sob a superfície, esperando apenas o momento certo para ascender.
O Que Ficou Para Trás vai além de um filme de “casa mal assombrada”, o terror físico e psicológico se funde com perfeição aos dramas dos personagens. O tema de imigrantes em um país estrangeiro é utilizado como crítica e potencializa o terror na obra, que ao longo do seu desenvolvimento, vai mostrando camadas da história que perpassa por lendas africanas, críticas sociais e terror psicológico. Imperdível.
A Voz Suprema do Blues (2020) de George C. Wolfe
Sinopse: A Voz Suprema do Blues Voz acompanha Ma Rainey (Viola Davis) em Chicago, 1927, numa sessão de gravação de álbum mergulhada em tensão entre seu ambicioso trompista Levee (Chadwick Boseman) e sua banda.
A Voz Suprema do Blues nasce como uma obra prima. A alma do blues e da comunidade negra é retratada com perfeição no longa. Tudo é um grande blues: amor, alegria, decepções, perdas e fé. Todos os temas são tratados com diálogos que nos fazem refletir e entender a comunidade negra, sua alegria e sofrimento.
Com atuações soberbas de Viola Davis e principalmente de Chadwick Boseman (que acho que vai concorrer ao Oscar de melhor ator, mesmo sendo prêmio póstumo.) A Voz Suprema do Blues é um dos melhores filmes do ano.
BÔNUS (curta-metragem):
- Se algo acontecer… Te Amo (2020) de Michael Govier e Will McCormack
Sinopse: Um casal enfrenta o vazio emocional e o luto pós a morte de sua filha.
Se algo acontecer… Te Amo é sensível e devastador. É um grande filme de luto e ao mesmo tempo de superação a esse. A animação de pouco mais de minutos nos faz refletir sobre a enfermidade da vida. Talvez por se tratar de uma animação a história ganhe mais potência. Os grandes vazios deixados pelo traço, fundidos com as sombras dos protagonistas que ora sofrem, ora se unem, potencializam o tom reflexivo do curta. Um drama para se emocionar e chorar.