A maratona do cinema brasileiro começa nesta sexta-feira (15). A partir das 19h, o 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocupa novamente uma das mais célebres salas de cinema do país, o Cine Brasília, em uma edição que, a um só tempo, revisita a longeva história do Festival e do cinema nacional, e lança novas proposições relacionadas ao mercado do audiovisual.
A cerimônia de abertura da 50ª edição, exclusiva para convidados, tem direção de palco de Jorge Vermelho, ator e diretor de teatro que está à frente de um dos mais pungentes festivais de teatro do Brasil, o FIT São José do Rio Preto, apresentação dos atores Juliano Cazarré e Dira Paes.
Abrindo a grande festa do cinema brasileiro, Matheus Nachtergaele vai apresentar um texto que celebra a importância do Festival de Brasília na construção histórica e política do audiovisual nacional. Na sequência, importantes nomes da cinematografia brasiliense que nos deixaram recentemente ganham homenagens no palco do Cine Brasília: Marcio Curi, Manfredo Caldas e Geraldo Moraes.
Para celebrar a memória dos três diretores, exibem-se dois curtas metragens: “Quando Márcio virou estrela” (DF, 2017, 6 min, Livre), de André Luís Oliveira, em homenagem a Márcio Curi e Manfredo Caldas; e “Um cineasta no coração do Brasil” (DF, 2016, 5 min, Livre), homenagem a Geraldo Moraes dirigida por Bruno Torres, seu filho.
Na noite de abertura também será entregue a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, em seu segundo ano consecutivo. Desta vez será reverenciado Nelson Pereira dos Santos, realizador paulistano que tem no currículo obras como “Vidas Secas”, “Rio Zona Norte”, “Como era gostoso o Meu Francês”, entre outros. A filmografia de Nelson marcou para sempre a história do cinema brasileiro e nada mais justo do que receber esta homenagem do alto de seus quase 90 anos.
Impossibilitado de comparecer à cerimônia, Nelson Pereira será representado por seu filho e neta, respectivamente, Diogo e Milla Dahl, que irão receber a medalha das mãos de Vladimir Carvalho e Jean-Claude Bernardet, figuras lendárias do Festival de Brasília. Jean-Claude, discípulo de Paulo Emílio Salles Gomes, foi o primeiro ganhador da medalha, em 2016. Em sequência à entrega da medalha, será exibido o curta-metragem “Nelson Filma” (RJ, 1971, 11 min, Livre), filme de Luiz Carlos Lacerda que celebra a obra deste grande realizador.
Após as homenagens será iniciada a sessão de abertura do Festival de Brasília, com exibição do curta “Festejo muito pessoal” (SP, 2016, 8 min, Livre), uma direção de Carlos Adriano; e do longa “Não devore meu coração” (RJ, 2017, 108 min, 14 anos), dirigido por Felipe Bragança. O longa de abertura narra um caso de amor entre um menino brasileiro e uma menina indígena paraguaia, às margens fronteiriças do Rio Apa: uma ficção inspirada em contos de Joca Reiners Terron que recupera a memória da Guerra do Paraguai e traz no elenco Cauã Reymond, Eduardo Macedo e Adeli Benitez. Equipe e elenco estarão presentes na sessão de exibição do filme.
Os convidados para a noite de abertura poderão desfrutar, ainda, do belo ambiente externo do Cine Brasília, com a praça de alimentação ambientada para receber grande público e uma exposição cronológica com cartazes dos filmes vencedores de todas as edições do Festival de Brasília. Neste ano, o público vota no seu filme favorito através de um aplicativo, que contém também toda a programação do Festival.
Serviço
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – 50ª edição
Quando: 15 a 24 de setembro de 2017
Abertura para convidados: 15 de setembro de 2017, a partir das 19h, no Cine Brasília
Programação completa: http://www.festivaldebrasilia.com.br/