E saiu a lista com as 15 histórias do interior brasileiro, vindas de pequenos lugares espalhados por todas as regiões do país, que compõem a 6ª edição do Revelando os Brasis. Contadas por moradores de cidades com até 20 mil habitantes, as histórias (verdadeiras e inventadas) foram selecionadas no último Concurso Nacional de Histórias do projeto.
O Revelando os Brasis promove a democratização do acesso aos meios de produção audiovisual, oferecendo aos moradores das pequenas cidades a possibilidade de contar suas próprias histórias em filmes. Realizado pelo Instituto Marlin Azul, com o patrocínio da Petrobras, o projeto é um instrumento de registro da memória e da diversidade cultural do país e revela novos olhares sobre o Brasil.
Os autores participarão de oficinas de realização audiovisual, no Rio de Janeiro, entre 14 e 27 de agosto, onde estudarão todas as etapas de produção e depois voltarão para os municípios de origem para transformar as histórias em filmes.A lista dos selecionados está disponível abaixo e no site www.revelandoosbrasis.com.br
Todas as cinco regiões brasileiras têm representantes selecionados nesta nova edição: Nordeste (05), Sudeste (04), Norte (03), Sul (02) e Centro-Oeste (01). Doze estados têm histórias escolhidas: Bahia (02); Minas Gerais (02); Pará (02); Alagoas (01); Ceará (01);Espírito Santo (01); Mato Grosso (01); Paraíba (01); Rio Grande do Sul (01); Santa Catarina (01); São Paulo (01) e Tocantins (01).
A sexta edição selecionou histórias vindas das seguintes cidades: Lençóis e São José do Jacuípe (Bahia); Barroso e Urucuia (Minas Gerais); Bom Jesus do Tocantins e Colares (Pará); Quebrangulo (Alagoas); Icapuí (Ceará); Laranja da Terra (Espírito Santo); Nossa Senhora do Livramento (Mato Grosso); São Domingos do Cariri (Paraíba); Antônio Prado (Rio Grande do Sul); Guarujá do Sul (Santa Catarina); Águas de Lindóia (São Paulo) e Arraias (Tocantins).
Oficinas
Os autores das histórias selecionadas participarão das Oficinas de Realização Audiovisual, no Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 27 de agosto. O curso é composto por aulas de introdução à linguagem audiovisual, roteiro, direção, produção, direção de arte, fotografia, som, edição/ finalização, pesquisa, mobilização comunitária e direitos autorais. Neste período os autores transformam suas histórias em roteiro, elaboram um plano de produção e se preparam para dirigir o filme.
Os filmes
- Após as oficinas, os selecionados retornam as suas cidades para transformar as histórias em filmes com até 15 minutos, com a participação da comunidade. Na pré-produção, os diretores mobilizam os moradores interessados em integrar a equipe local. Nas filmagens, os autores e a equipe contam com o apoio de profissionais contratados pelo projeto.
Nas cinco primeiras edições do projeto, entre 2004 e 2016, foram produzidas 180 obras, entre ficções, documentários e uma animação. Os filmes realizados são lançados nas comunidades e nas capitais dos estados selecionados através do Circuito Nacional de Exibição Revelando os Brasis, que monta um cinema ao ar livre em ruas e praças dos municípios. Ainda na fase de difusão do projeto, os filmes são lançados em DVD com distribuição gratuita entre realizadores, secretarias, organizações sociais e culturais, cinematecas, universidades e cineclubes de todo o Brasil.
As produções também são exibidas no programa de TV Revelando os Brasis, realizado em parceria com o Canal Futura.
Números do Revelando os Brasis
• 3.452 inscrições foram contabilizadas em todas as edições do Concurso Nacional de Histórias do projeto;
• 180 obras, entre documentários, ficções e animação, foram produzidas em cinco edições;
• 275 sessões de lançamento dos filmes foram realizadas nas cidades e capitais dos estados durante as cinco edições do Circuito Nacional de Exibição.
Os selecionados
História: Chica | Autora: Andrea Guanais Bezerra (Lençóis-BA)
História: A Aventura da Primeira Bicicleta | Autor: Carlos Henrique da Costa (Águas de Lindóia-SP)
História: História das Rodas de Chimarrão | Autor: Cesar LuisTheis (Guarujá do Sul-SC)
História: O Pescador de Memórias | Autora: Eliabe Crispim da Silva (Icapuí-CE)
História: Uma Escola Diferente | Autora: Geilane de Oliveira Souza (São José do Jacuípe-BA)
História: Nega da Costa – Uma Cultura Popular na Terra de Graciliano Ramos | Autor: Nome: Joelson de Oliveira Silva (Quebrangulo-AL)
História: Vivenciando a Cultura do Quilombo Mata Cavalo | Autor: Jurandir Antônio Nunes Amaral (Nossa Senhora do Livramento-MT)
História: A Sússia | Autora: Lucrécia de Moura Dias (Arraias-TO)
História: Colares e o Contato Extraterrestre | Autora: Madylene Costa Barata (Colares-PA)
História: Carambola – O Destino de um Povo | Autor: Marcelo Rodrigues dos Santos (Urucuia-MG)
História: Filó Italiano | Autora: Maria Odete Meotti de Bairros (Antônio Prado-RS)
História: Rasga Mortalha | Autora: Maria Patrícia de Aquino Lima (São Domingos do Cariri-PB)
História: Jacaré, o Boi Cavalo | Autor: Paulo Alexandre Coelho (Barroso-MG)
História: Franz Seibel: o Surgimento da Fotografia Pomerana | Autor: Rafael Wolfgramm Teixeira de Siqueira (Laranja da Terra-ES)
História: A Guerreira Gavião | Autor: Robson Messias Lucas Santos (Bom Jesus do Tocantins-PA)
A Comissão de Seleção
André Libonati – Jornalista, trabalhou durante quatro anos como produtor teatral na Pequena Central de Produções Artísticas. Em 2004, entrou no Canal Futura para a equipe do Projeto Educação nos Trilhos, onde trabalhou como produtor assistente dos programas “Recortes do Brasil”, “Diário de Bordo”, “Dica que Vale” e “Vou te Contar – Causos Maranhenses”. Desde 2014 é Coordenador de Projetos do Canal Futura, dentre eles o Anuário de Programação, o Geração Futura Educadores, Geração Futura Universidades Parceiras (oficinas de audiovisual) e dos programas Janelas de Inovação, Curtas e Curtas Universitários.
Bete Jaguaribe – Jornalista, doutora em Sociologia (UFC), Mestre em História Social (UFC), professora do Curso de Audiovisual da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), diretora de Formação e Criação do Porto Iracema das Artes/Centro Cultural Dragão do Mar.
Beth Sá Freire – Diretora-Adjunta do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo desde 1997, atuando também como curadora dos Programas Especiais; Colaboradora Oficial da Semana da Crítica de Cannes e do Festival de Curtas de Oberhausen, na Alemanha; jurada em outros importantes festivais internacionais, tais como: Asiana (Coréia do Sul), Berlim (Alemanha), Toronto (Canadá), Drama (Grécia), Bilbao (Espanha), Morelia (México) e ShortShorts (Japão), além de outros festivais brasileiros, como: Universitário (RJ), Vitória Cine Vídeo (ES), Goiânia Mostra Curtas (GO), Curta-Cinema – Festival Internacional de Curtas-Metragens do Rio de Janeiro (RJ), Mostra Londrina (PR) e Primeiro Plano de Juiz de Fora (MG).
Bráulio Tavares – Manteve, entre 1987 e 1989, uma coluna quinzenal sobre televisão na Revista de Domingo do “Jornal do Brasil” e fez parte da equipe de roteiristas de vários programas da Rede Globo, entre eles “Brasil Legal” e “Globo Ciência”. Foi roteirista de trabalhos dirigidos na Globo por Luiz Fernando Carvalho, como “Auto de N. S. da Luz” (1992), “Farsa da Boa Preguiça” (1995) e “A Pedra do Reino” (2007). Recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Recife pelo curta “Assombrações do Recife Velho”. Em TV, criou e escreveu duas séries produzidas pela Luni Produções (Recife) e exibidas no Canal Futura: “Minha Vida é a Minha Cara” (2009) e “O Reino Cantado de Luiz Gonzaga” (2012). Co-roteirista de “O Homem que Desafiou o Diabo” (Moacyr Góes, 2007), “Besouro” de João Daniel Tikhomiroff (2008). Autor do ensaio “O Anjo Exterminador” (Rocco, 2002) sobre a obra de Luís Buñuel.
Luelane Loiola – Formada em Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Dirigiu os documentários “Como se Morre no Cinema”, “Sol de Oro no Festival de Biarritz” (vencedor de 11 prêmios nacionais), “A Cidade e o Poeta”, “Machado de Assis” e “Rio, 39,6 Graus”. Montadora e assistente de direção, trabalha com Nelson Pereira dos Santos desde o filme “Memórias do Cárcere”. Assina a montagem de “A Música segundo Tom Jobim”. Foi diretora assistente nos filmes de Hugo Carvana, com quem trabalhou desde “O Homem Nu”. Recebeu prêmio de Melhor Montagem pelos filmes “Áurea”, de Zeca Ferreira, “O Quinze”, de Jurandir Oliveira e “Rio de Memórias”, de José Inácio Parente. Atua como orientadora de roteiro e direção do Revelando os Brasis desde a primeira edição do projeto.
Instituto Marlin Azul
O Instituto Marlin Azul é uma entidade sem fins lucrativos com sede no Espírito Santo. Criada há 18 anos, a instituição promove ações e projetos comprometidos com a cultura, a arte e a educação através da democratização do acesso aos bens culturais audiovisuais. Em parceria com órgãos públicos, instituições sociais e organizações privadas, o Instituto desenvolve projetos de formação, produção e difusão audiovisual para todos os públicos.