1. Fuga para a Vitória (Victory, 1981) de John Huston. Dentro de um campo de prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial, uma partida entre jogadores profissionais alemães contra prisioneiros de guerra. Sabe quem joga no gol dos aliados? Sylvester Stallone! O capitão do time é Michael Caine Pelé, Bobby Moore e outras lendas das quatro linhas entram em campo para garantir o resultado;
2. Kung Fu Futebol Clube(Shaolin Soccer/Siu Lam Juk Kau, 2001). Também conhecido pelo seu título original, Shaolin Soccer, é um golaço da comédia futebolística! Quando um devoto do kung fu – estilo Shaolin – demonstra ter um poderoso chute, é escalado para jogar no time local. Galvão Bueno, grande pensador do futebol do Brasil, diria que “a física não permite”. Mas Stephen Chow (que estrela e atua) demonstra o quanto engraçado e absurdo pode ser uma partida de futebol;
3. Duelo de Campeões (The Game of Their Lives, 2005) de David Anspaugh. O título nacional é bem genérico, mas o longa é uma bela partida, baseada na campanha da inacreditável – e amadora – seleção americana na Copa de 1950, surpreendendo meio mundo até chegar à semifinal. No elenco Gerard Butler e Wes Bentley;
4. Linha de Passe (Idem, 2008) de Daniela Thomas e Walter Salles. Acompanhamos a história de quatro irmãos, filhos de pais diferentes, moradores da periferia de São Paulo. Os garotos precisam lutar por seus sonhos em meio a ausência paterna nas suas vidas. Um deles, Dario (Vinícius de Oliveira), deseja ser jogador profissional e vê em seu talento a esperança de uma vida melhor. Boa dramatização de uma peneira e a escolha/indicação de jogadores por empresários. Detalhe: na sua família todos são torcedores fanáticos do Corinthians e a matriarca – Sandra Corveloni, ganhou o prêmio de melhor atriz em Cannes;
5. Hooligans (Green Street Hooligans, 2005) de Lexi Alexander. Um drama sobre os violentos torcedores e torcidas organizadas de futebol da Inglaterra. Lá, um garoto americano, com tendências violentas, encontra as arquibancadas do West Ham. Antes, durante e, principalmente, depois dos jogos, dá-lhe violência, vandalismo e álcool. O futebol é palco para disputas e muito quebra-pau entre torcidas. Existe uma continuação – Hooligans 2 (Green Street Hooligans 2, 2009), mas sem nenhum protagonista do original;
6. Loucos de Futebol (Idem, 2008) é um documentário, mas curto e narrativo sobre a torcida apaixonada do Fortaleza Esporte Clube. Com entrevistas de figuras das arquibancadas, o filme de Halder Gomes – que é tricolor de aço – é uma ótima surpresa. Fortaleza ainda amarga a 3º divisão brasileira, enquanto seu maior rival, o Ceará, ascendeu à série A em 2009 e hoje disputa a B. Mas, para lembrar os bons tempos e mostrar que na sétima arte a rivalidade entre os dois é uma goleada para os tricolores, o média metragem arranca sorrisos e aplausos;
7. À Procura de Eric (Looking for Eric, 2009) de Ken Loach. Não é exatamente sobre futebol. Mas sobre um carteiro, chamado Eric, em crise existencial, mas apaixonado pelo futebol e fã de Eric Cantona. O rebelde jogador francês interpreta ele mesmo e, em meio à história, são mostrados alguns dos melhores lances do jogador com a camisa do Manchester United. Dramático, louco e engraçado;
8. A ideia era interessante. Retratar o futebol da forma mais real possível, envolver craques atuais e aproveitar a história de clubes europeus. Mas o primeiro (e melhorzinho) Gol! (Goal!, 2005) – no qual conhecemos o jogador mexicano Santiago sendo contratado pelo tradicional Newcastle (ING) – não chega à série A do cinema, cravando no máximo uma série B.
No capítulo seguinte, Gol II (Goal: Living the Dream, 2007), Santiago é contratado pelo gigante Real Madrid da Espanha. Mesmo com a participação dos galáticos Zidane, Beckham, Ronaldo, Robinho, Raúl, Roberto Carlos, Casillas, Sérgio Ramos, Helguera, Guti, Michael Salgado, Júlio Baptista e Michael Owen, o resultado não passa de uma série C cinematográfica. E, só para registrar, o fechamento da Trilogia com Gol III (Goal! III, 2009) é digno de uma série D do cinema! Vaias…;
9. Heleno de Freitas, um craque dentro de campo. Fora era um problema. Farras, festas, bebia e fumava, além de ser um conquistador incorrigível. Polêmico, atuou na Seleção, mas não jogou a Copa de 50. Até hoje é ídolo no Botafogo, mas foi campeão pelo Vasco da Gama. Sua carreira foi marcado por altos baixos e morreu louco num manicômio. Sua biografia é um filmaço, um drama que comprova a capacidade de Rodrigo Santoro e tem uma fotografia em P&B belíssima. Palmas para Heleno (Idem, 2011) de José Henrique Fonseca;
10. Pelé Eterno (Idem, 2004) de Aníbal Massaini Neto. Conta a trajetória de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, conhecido como o “rei do futebol”, e consegue misturar documentário e dramatização. Imagens mágicas para uma figura mágica;
11. Maldito Futebol Clube (The Damned United, 2009) de Tom Hooper, fala sobre os bastidores do futebol inglês, entre o final dos anos 60 e o final dos anos 70. Uma história real de Brian Clough (Michael Sheen) e seu auxiliar Peter Taylor (Timothy Spall), famosos por montarem times competitivos em equipes modestas da Inglaterra. É um pequeno, mas espetacular drama. Para quem gosta de futebol, mas que reflete muito as situações da vida de qualquer um, com suas escolhas, posicionamentos e rivalidades. Momentos sensacionais das partidas de futebol, tanto as recriações, como em cenas reais. Suas tintas envelhecidas (estilo vintage) dão o tom de todos os bastidores do futebol. Os bons e os podres. As vitórias, os empates e as derrotas. Da campanha vencedora de Derby County e Notthingam Forest, do que da fatídica passagem pelo Leeds United, uma maldita vitória, um maldito filmaço!