O melhor teste que se pode fazer com um filme é o teste do tempo. Pratique você mesmo o hábito de rever películas depois de alguns anos. Assim, em alguns casos, pode-se constatar o quão grande são como cinema.
E o Tribuna do Ceará listou somente produções que disputaram e perderam o Oscar de melhor filme do ano, mas que o tempo fez deles obras ainda melhores. Estendemos agora o tapete vermelho para nove obras cinematográficas dignas de aplausos, uma coleção de notáveis filmes notas 10.
Gravidade (Gravity, 2013) de Alfonso Cuáron
Dupla de astronautas tentam sobreviver juntos depois que uma catástrofe os deixa à deriva em órbita. Uma ode ao renascimento humano, é um drama de ficção que vai além dos seus efeitos especiais mirabolantes, é uma fita humana, uma viagem emocional inesquecível.
Oscar: com 10 indicações, venceu sete estatuetas técnicas, incluindo melhor diretor (Alfonso Cuarón). Perdeu o Oscar de melhor filme para: 12 Anos de Escravidão.
A Rede Social (The Social Network, 2010) de David Fincher
Estudante de Harvard, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) cria o Facebook, um site de rede social que revolciona o mundo da internet. Mas mais tarde é processado por dois irmãos – que alegam uma ideia roubada – e por seu amigo e co-fundador (Andrew Garfield), que fora espremido para fora do negócio.
Oscar: com oito indicações, venceu três categorias (melhor roteiro adaptado; edição e trilha sonora). Perdeu o Oscar de melhor filme para: O Discurso do Rei.
O Resgate do Soldado Ryan (Saving Private Ryan, 1998) de Steven Spielberg
Após desembarque em pleno Dia D na Normandia, um grupo de soldados norte-americanos liderados pelo Capitão Miller (Tom Hanks) possuem a missão de ir atrás das linhas inimigas para recuperar um pára-quedista (Matt Damon), cujos irmãos foram mortos em ação.
Oscar: com 11 indicações, venceu cinco estatuetas técnicas, incluindo melhor diretor (Steven Spielberg). Perdeu o Oscar de melhor filme para: Shakespeare Apaixonado.
Los Angeles: Cidade Proibida (L.A. Confidential, 1997) de Curtis Hanson
Entre o glamour da Hollywood dos anos 50 e a corrupção policial, três policiais (Russell Crowe, Guy Pearce e Kevin Spacey) investigam uma série de assassinatos que levam ao submundo da prostituição de luxo de Los Angeles. Uma fita policial de alto calibre, com grande elenco, condução clássica e trama que surpreende.
Oscar: com nove indicações, venceu duas estatuetas, atriz coadjuvante (Kim Basinger) e roteiro adaptado. Perdeu o Oscar de melhor filme para: Titanic.
Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994) de Frank Darabont
Poeria ser apenas um drama prisional sobre a amizade entre dois detentos (Tim Robbins e Morgan Freeman) da prisão de Shawshank (EUA), na década de 40. Mas é muito mais. Baseado num conto de Stephen King, é uma redentora obra-prima, que inspira e emociona.
Oscar: concorreu e perdeu em sete categorias, incluindo melhor filme. Perdeu o Oscar de melhor filme para: Forrest Gump, O Contador de Histórias.
Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989) de Peter Weir
No final dos anos 50, dentro de um colégio conservador americano, o professor John Keating (Robin Williams) acredita no Carpe Dien, e inspira seus alunos a dominar o inglês por amor à poesia e para aproveitar o dia. “Oh captain, my captain!”.
Oscar: indicado para melhor filme, diretor, ator (Robin Williams) e roteiro original, vencendo o último. Perdeu o Oscar de melhor filme para: Conduzindo Miss Daisy.
O Sol é para Todos (To Kill a Mockingbird, 1962) de Alan J. Pakula
Em plena depressão americana, um jovem negro, foi acusado de estuprar uma jovem branca, no sul do país. Atticus Finch (Gregory Peck), um advogado extremamente íntegro, concorda em defendê-lo e, apesar de boa parte da cidade ser contra sua posição, ele decidiu ir adiante e fazer de tudo para provar sua inocência e ensinar o que é certo aos seus filhos. Um drama clássico, uma verdadeira lição contra o preconceito.
Oscar: com oito indicações, venceu três categorias (melhor ator-Gregory Peck; roteiro adaptado; e direção de arte & cenários/P&B). Perdeu o Oscar de melhor filme para: Lawrence da Arábia.
Cidadão Kane (Citzen Kane, 1941) de Orson Welles
A ascensão de um mito da imprensa americana, de garoto pobre no interior a magnata de um império dos meios de comunicação. Uma revolução cinematográfica na técnica e narrativa, o drama escrito, produzido, dirigido e estrelado por Orson Welles figura em todas as listas de melhores de todos os tempos do cinema. E é.
Oscar: indicado à nove estatuetas (incluindo melhor filme e diretor), venceu em somente uma categoria – roteiro original. Perdeu o Oscar de melhor filme para: Como Era Verde o Meu Vale.
A Felicidade Não Se Compra (It´s a Wonderful Life, 1946) de Frank Capra
George Bailey (James Stewart) nunca quis seguir a carreira de banqueiro do seu pai. Sonhava em conhecer o mundo, porém, por causa da necessidade de todos a seu redor, ele nunca conseguiu realizar a sua vontade. E depois de ajudar toda a cidade, contrai uma dívida e decide se matar. Mas por suas bondades, um anjo impede que isso aconteça e mostra a ele como seria o mundo sem a sua prosença. Obra-prima do otimismo, é somente um dos melhores filmes de todos os tempos. Tente não chorar ao final de sua bela história.
Oscar: concorreu e perdeu em cinco categorias, incluindo melhor filme, diretor e ator (James Stewart). Perdeu o Oscar de melhor filme para: Os Melhores Anos de Nossas Vidas.