Amor e Anarquia (Film d’amore e d’anarchia…, 1973) de Lina Wertmüller
Lina Wertmüller trabalhou com Fellini, no wual se inspirou com alguma loucuras em forma de cinema. Primeira mulher indicada ao Oscar de melhor direção (por Pasqualino Sete Belezas, 1977 – indicado também como melhor filme estrangeiro pela Itália), pelo qual também foi nomeada ao prêmio de roteiro original. A dica, Amor e Anarquia, que tem em sua trama um camponês (Giancarlo Giannini) que tem plano para assassinar Mussolini, a importante figura da prostituta Salomé (Mariangela Melato).
Yentl (Yentl, 1983) de Barbra Streisand
Jovem mulher (Barbra Streisand), na Europa Ocidental da virada do século, se traveste de homem para poder aprender os ensinamentos de Talmud, um privilégio masculino. Primeiro filme dirigido por Barbra Streisand, deu à cantora-atriz-produtor e diretora o Globo de Ouro de melhor filme (comédia ou musical) e direção. Anos depois ela dirigiria com sucesso O Príncipe das Marés (1991) e O Espelho tem Duas Faces (1996).
Uma Equipe Muito Especial (A League of Their Own, 1992) de Penny Marshall
Diretora autora do sucesso Quero Ser Grande (1988) e do indicado ao Oscar Tempo de Despertar, Penny Marshall é irmã do também diretor Garry Marshall. A dica é a boa dramédia Uma Equipe Muito Especial, que reconta a história real da liga americana de baseball com mulheres. Entre as craques estão Geena Davis, Madonna, Lori Petty e Rosie O´Donnell, e o técnico é Tom Hanks.
O Piano (The Piano, 1993) de Jane Campion
Um triunfo para as três mulheres do filme. Vencedor do Oscar de melhor roteiro original (também da diretora Jane Campion), atriz (Holly Hunter) e atriz coadjuvante (Anna Paquin). A história fala de uma pianista (muda) e sua filha, que se mudam para a Nova Zelândia, após um casamento arranjado. Ao antipatizar com o noivo, a pianista se envolve com o seu emprego, em meio à aulas de piano.
O Jardim Secreto (The Secret Garden, 1993) de Agnieszka Holland
Após a morte dos pais, na Índia, Mary (Kate Maberly) chega à Liverpool, na Inglaterra, para viver com seu tio e primo. É quando Mary descobre um jardim secreto e abandonado, que poderá mudar sua vida, bem como a de todos que vivem naquela casa. Na direção, a premiada Agniezska Holland, indicada ao Oscar de roteiro por Filhos da Guerra (1990) e o indicado ao Oscar de filme estrangeiro In Darkness (2011).
As Patricinhas de Beverly Hills (Clueless, 1995) de Amy Heckerling
Em Beverly Hills, a adolescente Cher (Alicia Silverstone) passa seu tempo em conversas fúteis e fazendo compras com amigas totalmente alienadas como ela. Mas a chegada do enteado de seu pai, Josh (Paul Rudd), muda ao criticá-la de não tomar conhecimento com o “mundo real” e por ela descobrir que está apaixonada por ele. Amy Heckerling é diretora de comédias de sucesso como Picardias Estudantis (1982), Férias Frustradas (1983) e Olha Quem está Falando (1990).
Boa de Briga (Girl Fight, 2000) de Karyn Kusama
Jovem garota com grandes sonhos, Diana Guzman (Michelle Rodriguez) tem uma vida difícil. Entre problemas na escola, um pai que a deprecia e nenhuma atividade social, ela busca respeito, amor e, acima de tudo, um desafio. E ele surge através do boxe. Karyn Kusama venceu um prêmio revelação/juventude em Cannes, e depois dirigiu dois fracassos de bilheteria: Aeon Flux (2005) e Garota Infernal (2009), ambos estrelados por mulheres.
Charlotte Gray – Uma Paixão Sem Fronteiras (Charlotte Gray, 2001) de Gillian Armstrong
Baseado na história real de Charlotte Gray (Cate Blanchett), que é recrutada como agente secreta em meio à II Guerra. Sua missão será na França, que pode levá-la também a encontrar seu grande amor (Rupert Penry-Jones), piloto da força aérea britânica. Na direção, Gillian Armstrong, que também assinou os aplaudidos Oscar & Lucinda (1997), Adoráveis Mulheres (1994) e Mrs. Soffel (1984).
Frida (Frida, 2002) de Julie Taymor
Biografia de Frida Kahlo (Salma Hayek, indicada ao Oscar de melhor atriz), um dos principais nomes da história artística do México. Conceituada e aclamada como pintora, ele teve um agitado casamento aberto com Diego Rivera (Alfred Molina), seu companheiro também nas artes, e outros casos controversos.
Aos 13 (Thirteen, 2003) de Catherine Hardwicke
Tracy (Evan Rachel Wood) é uma aluna brilhante. Ao se tornar amiga de Evie (Nikki Reed), a garota mais popular da escola sua vida muda, ao se envolver com o submundo do sexo, das drogas e da mutilação, o que a coloca em conflito com seus colegas, professores e, principalmente, sua mãe (Holly Hunter). Entre várias nomeações, Catherine Hardwicke concorreu ao Independent Spirit Awards de melhor estreia. Após a sensação indie, dirigiu o sucesso de bilheteria Crepúsculo (2008) e o fracasso A Garota da Capa Vermelha (2011).
Minha Vida Sem Mim (My Life Without Me, 2003) de Isabel Coixet
Com apenas 23 anos, Ann (Sarah Polley) é mãe de duas garotinhas, casada com Don (Scott Speedman), que constrói piscinas, trabalha todas as noites na limpeza de uma universidade, onde nunca terá condições de estudar, e mora com sua família em um trailer, que fica no quintal da casa da sua mãe. Mas tudo que ruim pode piorar, quando ela descobre uma doença grave. E agora? Dramaço que concorreu ao Urso de Ouro em Berlim e deu um prêmio especial à espanhola Isabel Coixet, que também assina o denso A Vida Secreta das Palavras (2005).
Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, 2006) de Jonathan Dayton e Valerie Faris
Co-dirigido por Valerie Faris, a dramédia concorreu ao Oscar de melhor filme e teve sua estrela mirim – Abigail Breslin – indicada ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Além de uma ótima bilheteria, venceu as estatuetas de ator coadjuvante (Alan Arkin) e roteiro original. A história é uma delícia, a qual uma família atravessa os EUA – e com todos os seus problemas dentro de uma kombi – para que a pequena Oliver dispute um concurso de miss infantil. A dupla dirigiu também Ruby Sparks – A Namorada Perfeita (2012).
Maria Antonieta (Marie Antoinette, 2006) de Sofia Coppola
Num acordo entre países, a princesa austríaca Maria Antonieta (Kirsten Dunst) é enviada ainda adolescente à França para casar com o príncipe Luis XVI (Jason Schwartzman). Na corte de Versailles é envolvida em regras de etiqueta, disputas familiares e fofocas. Praticamente exilada, decide criar um universo à parte dentro daquela corte, no qual pode se divertir e aproveitar sua juventude. Até a revolução chegar. Coppola foi indicada ao Oscar de melhor direção, filme e venceu a estatueta pelo roteiro original por Encontros e Desencontros (2003).
Educação (An Education, 2009) de Lone Scherfig
Jenny Carey (Carey Mulligan) tem 16 anos e vive com a família no subúrbio londrino em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Quando conhece David (Peter Sarsgaard), de trinta e poucos anos, vê um mundo novo ao conhecer o glamour da noite, ir à concertos de música clássica e exposições/leilões de arte, deixando-a em um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida. Mesma diretora de Um Dia (2011).
Julie & Julia (Julie & Julia, 2009) de Nora Ephron
Baseado em duas histórias reais, mas que se passa em épocas distintas. Julia (Meryl Streep) é esposa de um diplomata que se muda para França em 1948, e lá estudar na histórica escola de culinária Le Cordon Bleu. Já na Nova York de 2002, Julie (Amy Adams) – escritora frustrada escreve um Blog sobre o prazer de cozinhar ao fazer as 524 receitas de Julia Child em um ano. Nora Ephron foi indicada ao Oscar pelo roteiro de Silkwood (1983), Harry & Sally (1989) e Sintonia de Amor (1993).
Coco Antes de Chanel (Coco Avant Chanel, 2009) de Anne Fontaine
Biografia de uma das maiores estilistas da história – Coco Chanel (Audrey Tautou), marcou época e até escandalizou a sociedade ao utilizar ternos, com cortes femininos. Dirigido por Anne Fontaine, a mesma de Natalie X (2003), A Garota de Mônaco (2006) e Amor Sem Pecado (2013).
Simplesmente Complicado (It’s Complicated, 2009) de Nancy Meyers
Diretora, produtora e roteirista, Nancy Meyers assinou os sucessos O Amor Não Tira Férias (2006), Alguém Tem Que Ceder (2003) e Do Que As Mulheres Gostam (2000). Com o carisma e talento de Meryl Streep, mulher divorciada que passa a ter um caso com seu ex-marido (Alec Baldwin) até a chegada de um novo namorado (Steve Martin).
Garota Fantástica (Whip It, 2009) de Drew Barrymore
Jovem texana de 17 anos (Ellen Page) se se vê diante de duas opções: levar a sério o concurso de beleza da cidadezinha onde vive ou tentar a sorte no circuito do “roller derby” feminina, onde equipes se enfrentam em grandes batalhas nas pistas ovais de patinação. Entre as colegas estão a diretora estreante, Drew Barrymore, e Juliette Lewis.
Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right, 2010) de Lisa Cholodenko
Os irmãos adolescentes Joni (Mia Wasikowaska) e Laser (Josh Hutcherson), são filhos do casal homossexual Jules (Julianne Moore) e Nic (Annette Bening), concebidos através da inseminação artificial de um doador anônimo. Ao procurar o pai biológico sem que as “mães” soubessem, Paul (Mark Ruffalo) aparece para mudar o cotidiano da família. A fita foi indicada ao Oscar de melhor roteiro original, e Lisa Cholodenko dirigiu também Laurel Canyon – A Rua das Tentações (2002).
Inverno da Alma (Winter´s Bone, 2010) de Debra Granik
Aos 17 anos de idade, Ree Dolly (Jennifer Lawrence, indicada ao Oscar de melhor atriz) tem de encontrar seu pai, já que ele usou a casa de sua família como forma de garantir sua liberdade condicional. Ree desafia os códigos e a lei do silêncio arriscando sua vida para salvar sua família, agora responsabilidade sua, mesmo tão jovem. Drama de Debra Granik concorreu a quatro Oscar, incluindo melhor filme.
Amor é Tudo o que Você Precisa (All You Need Is Love, 2012) de Susanne Bier
Ida (Trine Dyrholm) está passando por um inferno astral. Além de se recuperar de uma doença, descobre que seu marido a está traindo e ainda ainda sofre um acidente de carro quando no caminho para o casamento da filha, na Itália. O que não imaginava é que no outro carro está Philip (Pierce Brosnan), o pai do noivo. Diante da situação, eles resolvem ir juntos ao local da cerimônia e, ao chegar, começam a se envolver romanticamente. A dinamarquesa Susanne Bier ganhou o Oscar e Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro por Em Um Mundo Melhor (2010).
A Hora Mais Escura (Zero Dark Thirty, 2012) de Kathryn Bigelow
Antes de ser a primeira mulher a vencer o Oscar de melhor direção e filme (com Guerra ao Terror, 2009), Kathryn Bigelow ja tinha um currículo considerável. Caçadores de Emoção (1991), Estranhos Prazeres (1995) e K-19: The Widowmaker (2002). A Hora Mais Escura é a história por trás da caçada de Osama Bin Laden, liderados pela agente Maya (Jessica Chastain). Um filmaço.
Valente (Brave, 2012) de Mark Andrews, Steve Purcell e Brenda Chapman
A princesa Merida foi criada pela mãe para ser a sucessora da Rainha, seguindo etiqueta e cistume do reino. Porém, além dos cabelos rebeldes, o que ela gosta mesmo é de cavalgar nas planícies selvagens da Escócia e usar o seu arco e flecha. Até que uma magia pode mudar tudo. Co-dirigido por Brenda Chapman, a animação da Disney/Pixar venceu o Oscar de melhor animação.
Frozen – Uma Aventura Congelante (Frozen, 2013) de Cris Buck e Jennifer Lee
A história das duas princesas (Anna e Elsa) envolvidas em uma maldição gelada e muito amor é uma das maiores bilheterias da história (U$ 1,2 bilhões). Co-dirigido por Jennifer Lee, a co-produção Disney/Pixar venceu o Oscar de melhor animação e canção original (Let It Go) e o Globo de Ouro. “Livre estou, livre estou…”
À Procura do Amor (Enough Said, 2013) de Nicole Holofcener
massagista separada, Eva (Julia Louis-Dreyfus) conhece o também divorciado Albert (James Gandolfini) e engata um romance. Os dois tem muito em comum, inclusive filhas que estão saindo de casa para ir à faculdade. A relação pode se complicar quando Eva se aproxima da poetisa Marianne (Catherine Keenner), sua cliente, que faz revelações sobre seus ex-relacionamentos. Extremamente sensível, a diretora Nicole Holofcener já assinou Mulheres com Dinheiro (2006) e Sentimento de Culpa (2010).