Hollywood tem uma eterna relação de amor e desejo com o mundo da literatura. Muito do que se vê na tela vem de livros, geralmente de sucesso no mercado literário, numa clara tentativa de multiplicar seu êxito ao levar não somente seus fãs ao cinema, como também um novo público aos cinemas. Os maiores exemplos de sucesso são as adaptações de O Senhor dos Anéis, Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes. Mas há também muito fracasso pelo meio do caminho.
Dentro do mundo dos livros, e mais especificamente no nicho das sagas literárias, os estúdios vivem uma busca infindável por novas franquias cinematográficas através dos livros, como uma espécie de pote de ouro no final do arco-íris. A partir dos anos 2000, o produto foi muito bem trabalhado pela Warner, aos escolher adaptar duas séries de livros de sucesso: O Senhor dos Anéis (1954-55) e Harry Potter (1997-2007).
O primeiro foi anunciado como uma trilogia nas mãos de um mesmo diretor/produtor/roteirista (Peter Jackson) e de produção continuada em anos consecutivos. Além dos antigos e novos fãs dos livros J.R.R. Tolkien, a aventura acertou um público das mais diferentes idades, ávido por fitas épicas de aventura e fantasia.
Peter Jackson arrebentou com as três adaptações: A Sociedade do Anel (The Fellowship of the Ring, 2001), As Duas Torres (The Two Towers, 2002) e O Retorno do Rei (The Return of the King, 2003). O resultado foi um grande sucesso comercial (quase U$ 3 bilhões de dólares ao redor do mundo), e artístico. A trilogia teve um total de 30 indicações e 17 prêmios Oscar, incluindo melhor filme, direção e roteiro adaptado para o terceiro e último. Os livros originais foram publicados entre 1954 e 55, mas autor também escreveu um prólogo da história, O Hobbit (1937).
Em uma nova adaptação ao cinema, Peter Jackson decidiu destrinchar as histórias contidas do único livro de O Hobbit em uma nova trilogia: Uma Jornada Inesperada (An Unexpected Journey, 2012), A Desolação de Smaug (The Desolation of Smaug, 2013) e A Batalha dos Cinco Exércitos (The Battle of the Five Armies, 2014). Sucesso de bilheteria, porém nem tanto de crítica.
Harry Potter
Em paralelo à recriação da Terra Média, nascia também a primeira adaptação (dos sete livros) sobre o pequeno bruxo Harry Potter, escrito por J.K. Rowling. Foram sete volumes lançados entre 1997 e 2007 ganhou as telas de cinema com uma série de oito filmes, bem recebidos pela crítica e amado pela audiência.
Com um elenco contratado para as sete adaptações, a franquia iniciou em 2001 e terminou em 2011, tendo o último livro da saga dividido em dois filmes, opção dos produtores pela alta audiência demonstrada em 10 anos de sucessos de bilheterias ininterruptos. Voltado para um público infanto-juvenil, que assim como seu protagonista cresceu, e acabou como uma grande obra para todas as idades.
A história de um bruxinho orfão que tem de entrar numa escola de magia para descobrir a força dos seus poderes e destino contra um vilão ou “aquele que não deve ser nomeado” foi um sucesso grandioso. Ao final de sua carreira no cinema, um total de U$ 7,7 bilhões de dólares foram arrecadados por oito filmes.
Crônicas de Nárnia
Com a fantasia em alta no mercado, a Disney fez o seu movimenta e entrou no nicho. A adaptação escolhida foram as histórias escritas por C. S. Lewis. Originalmente As Crônicas de Nárnia foram divididos em sete livros (O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa; Príncipe Caspian; A Viagem do Peregrino da Alvorada; A Cadeira de Prata; O Cavalo e seu Menino; O Sobrinho do Mago; A Última Batalha), publicados entre 1950 e 1956.
Entre 1967 e 1990, seus livros tiveram adaptações para TV (com maior sucesso na britânica BBC), mas sem sucesso na tela grande. Até 2005, quando a Disney apostou U$ 180 milhões na superprodução As Crônicas de Nárnia: O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa (The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe, 2005). Com renda superior a U$ 745 milhões de dólares em bilheterias mundiais, nascia ali uma nova franquia milionária.
O segundo (Príncipe Caspian – The Chronicles of Narnia: Prince Caspian, 2008) custou monstruosos U$ 225 milhões, e o retorno foi bem abaixo das expectativas (U$ 419 milhões) do estúdio, mas não suficientes para cancelar o terceiro filme da saga. Contudo, A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Chronicles of Narnia: The Voyage of the Dawn Treader, 2010), custou menos que os dois filmes (U$ 155 milhões), mas ainda era uma grande aposta, inclusive com versões em 3D. Mas o resultado foi similar ao anterior – (U$ 415 milhões), o que deixou a continuidade de adaptação da série em estado de suspensão.
1º filme e nada mais
Nesse meio tempo, pós-Senhor dos Anéis, auge de Harry Potter e o sucesso do 1º Nárnia, houveram várias tentativas dos estúdios em emplacar novas franquias. Eragon (2006); A Bússola de Ouro (The Golden Compass, 2007); Os Seis Signos da Luz (The Seeker: The Dark Is Rising, 2007); As Crônicas de Spiderwick (The Spiderwick Chronicles, 2008); Coração de Tinta (Inkheart, 2008); e Eu Sou o Número Quatro (I Am Number Four, 2011). Todos são baseado em séries de livros (ou na visão dos estúdios, eram franquias em potencial), com subtexto mágico, alto teor de fantasia e aventura.
O caso que mais traduz a situação é a A Bússola de Ouro (2007). Produção internacional com a presença de estrelas como Nicole Kidman e Daniel Craig em papéis secundários, a fita tinha potencial para franquia. A aventura é uma adaptação do primeiro capítulo da “Fronteiras do Universo”, de Philip Pullman. A trilogia de livros contém A Bússola de Ouro (1995), A Faca Sutil (1997), A Luneta Âmbar (2000).
Custou U$ 180 milhões e rendeu “somente” U$ 373,2 milhões na bilheteria global, que para os padrões da indústria se configura como um fracasso, levando em consideração que para se dar um lucro, a fita tem de de render três vezes o valor de seus custos. Com o resultado abaixo do esperado, o desenvolvimento para as continuações foram enterrados.
Percy Jackson
Numa situação parecida, vem a série de livros com o personagem Percy Jackson. Criado por Rio Riordan, a série contém cinco livros (Percy Jackson: O Ladrão de Raios; O Mar de Monstros; A Maldição do Titã; A Batalha do Labirinto; O Último Olimpiano), publicados entre 2005 e 2009. O fenômeno Harry Potter parecia que ia se repetir. Parecia.
Com seu êxito comercial no mercado literário, a trama que apresentava a história de um jovem destinado a controlar poderes mágicos para salvar o mundo, imediatamente foi visto pelos estúdios Fox como um substituto natural do bruxinho de Hogwarts e comprou seus direitos de filmagem.
Mesmo com a assinatura de Chris Columbus, mesmo diretor dos dois primeiros filmes de HP, os orfãos de Hogwarts não se empolgaram muito. Percy Jackson: O Ladrão de Raios (Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief, 2010) custou U$ 95 milhões e rendeu apenas U$ 226,4 milhões. Ainda assim, ao custo de U$ 90 milhões, a Fox insistiu num segundo Percy Jackson (O Mar de Monstros – Sea of Monsters, 2013), com resultado ainda pior: U$ 199,8 milhões de dólares de arrecadação mundial. Ao que parece não veremos mais Percy Jackson na tela grande.
Febre “Crepúsculo”
Depois do sucesso das adaptações de O Senhor dos Anéis e Harry Potter, foi a vez da febre Crepúsculo aportar nos cinemas. Escrito por Stephenie Meyer entre 2005 e 2008, a “Saga” vampiresca é composta de Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse e Amanhecer. O público alvo da vez eram as adolescentes (virgens), ávidas pelo amor perfeito, um príncipe encantado, independente da sua natureza estranha. A história de amor entre a moça deslocada e o vampiro virgem se tornou um triângulo amoroso incomum com a adição de um lobisomen apaixonado.
A Summit bancou U$ 37 milhões na produção de Crepúsculo (Twilight, 2008). Valor baixo para os grandes, mas considerável para o então pequenino estúdio. Com sua legião de fãs, o resultado comercial foi arrasador, com pouco mais de U$ 392 milhões em caixa. A partir da dedicação das crepusculetes e o retorno financeiro, foi-se projetado a adaptação de todos os livros da série. Enquanto o nível da brincadeira foi elevada para filmes mais bem produzidos, o resultado artístico foi inverso, e o que já era raso, piorou.
De olho em uma arrecadação extra, a estratégia de Harry Potter em dividir o último livro em dois filmes, foi reproduzido. Ao fim de sua história nos cinemas, A “Saga” Crepúsculo (Crepúsculo, 2008; Lua Nova, 2009; Eclipse, 2010; Amanhecer – Parte 1, 2011; Amanhecer – Parte 2, 2012) arrecadou um total de impressionantes U$ 3,3 bilhões de dólares.
Pós-Crepúsculo
E depois de tanto sucesso, surgiram os aspirantes ao novo “Crepúsculo”. O primeiro candidato foi Dezesseis Luas (Beautiful Creatures, 2013), que inverte os papéis de amaldiçoado e apaixonado numa produção de U$ 60 milhões. De novo numa pequena cidade americana, um garoto deslocado se apaixona por uma garota estranha no colégio. A questão é que ela pertence a uma família que na verdade é um clã de feiticeiros.
A fita e baseou no primeiro dos cinco escrito pela dupla Kami Garcia e Margaret Stohl (Dezesseis Luas, 2009; Dezessete Luas, 2010; Dezoito Luas, 2011; Dezenove Luas, 2012; Vinte Luas, 2013) e o plot tinha tudo para agradar os orfãs de Crepúsculo. Mas o resultado nas bilheterias provaram o contrário. Nos EUA, menos de U$ 20 milhões arrecadados, e ao fim da sua carreira no mercado internacional, pífios U$ 60 milhões foram arrecadados. Continuação programada? Claro que não…
Em seguida estreou Os Instrumentos Mortais: A Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones, 2013) de Harald Zwart, ao custo de U$ 60 milhões. A história de uma garota que descobre ser de uma linhagem de guerreiros que protegem o nosso mundo de demônios num mundo alternativo, naufragou nas bilheterias com U$ 90,5 milhões em caixa.
A aventura é baseado na primeira obra da duas trilogias escritas por Cassandra Clare (Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, 2007; Cidade das Cinzas, 2008; Cidade de Vidro, 2009; Cidade dos Anjos Caídos, 2011; Cidade das Almas Perdidas, 2012; e Cidade do Fogo Celestial, 2014). Mas o baixo rendimento da primeira adaptação (pouco mais de U$ 90 milhões em todo mundo) colocou panos frios no desenvolvimento do segundo capítulo no cinema, que tinha previsão para 2014.
A Constantin Films (dona dos direitos dos livros) decidiu dar continuidade à franquia na televisão, a partir de 2015. A adaptação de Cidade das Cinzas é a continuação imediata de Os Instrumentos Mortais, mas não está claro ainda se a série continuará de onde o primeiro filme parou ou se recontará toda a história inspirada na série literária.
Fracasso Disney
Após o esquecimento da franquia As Crônicas de Nárnia (2005; 2008; 2010), a Disney, motivada pela retomada do projeto O Hobbit, fez uma nova aposta no mundo da aventura fantástica: John Carter (2012). O filme é uma adaptação de uma série de contos de Edgar Rice Burroughs compiladas no livro Uma Princesa de Marte (1917), e com um altíssimo custo de U$ 250 milhões. O resultado é uma deliciosa aventura sobre um soldado americano da Guerra Civil (Taylor Kitsch) que é transportado para Marte, e é visto como a única esperança de ajudar uma princesa a salvar o seu mundo, numa batalha alienígena que mudará o destino de todos.
As possibilidade de continuações eram inúmeras, pois a história continuaria em mais dez livros, sendo que John Carter seria o protagonista em sete deles (o segundo The Gods of Mars, 1918; o terceiro The Warlord of Mars, 1919; o quarto Thuvia, Maid of Mars, 1920; o oitavo Swords of Mars, 1936; o nono Synthetic Men of Mars, 1940; o décimo Llana of Gatho, 1948; e o 11º John Carter of Mars, 1964). Contudo, a bilheteria foi desastrosa, com U$ 284 milhões em bilheteria mundial, sendo somente U$ 73 milhões nos EUA. Novamente leve-se em consideração que, nos padrões hollywoodiano, para se dar um lucro, a fita tem de de render três vezes o valor de seus custos. O que não foi o caso de John Carter, apesar da boa qualidade da fita.
Futuro distópico
De todos as tentativas de emplacar novas adaptações literárias infanto-juvenis no cinema, em um mundo pós-Harry Potter e Crepúsculo, o único que pode-se cravar como um grande sucesso é Jogos Vorazes (The Hunger Games, 2012). O filme é o baseado no primeiro livro da trilogia escrita por Suzanne Collins (Jogos Vorazes, 2008; Em Chamas, 2009; A Esperança, 2010). Na trama, a história de uma sociedade controlada por um regime totalitário e que tem uma competição anual transmitida pela TV, no qual jovens se digladiam até restar apenas um sobrevivente. Daí surge uma heroína improvável, Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence).
De investimento considerável (U$ 78 milhões) da Lionsgate, o ótima obra dirigida por Gary Ross passou dos U$ 691 milhões arrecadados ao redor do planeta. Um grande feito, que no meio do caminho ainda deu a sorte de ter a sua protagonista vencedora do Oscar de melhor atriz (O Lado Bom da Vida, 2012), que impulsionou ainda mais a sua continuação. O resultado é que Em Chamas (2013) rendeu mais de U$ 864 milhões, enquanto a produção custou U$ 130 milhões.
Devido a escalada de sucesso, o terceiro e último livro será dividido em dois filmes: A Esperança – Parte 1 e Parte 2. A primeira parte da final é o número um das bilheterias mundiais, com mais de U$ 311 milhões arrecadados, e segundo especialistas se encaminha para quase o triplo. Já a segunda e derradeira parte tem estreia prevista para novembro de 2015, exatamente como fizeram os produtores de Harry Potter e Crepúsculo. Uma franquia estimada em mais de U$ 2 bilhões de dólares, nada mal hein?
Pós-Jogos Vorazes
Na cola das adaptações de futuro distópico similares aos de Jogos Vorazes, há dois sucessos moderados – mas suficientes para provocarem a continuidade em suas tramas, e dois fracassos. Entre os êxitos, Divergente (2013) e Maze Runner – Correr ou Morrer (2014).
Baseado no livro de Veronica Roth, Divergente (Divergent, 2013) dirigido por Neil Burguer, também se passa num futuro pós-apocalíptico e que a sociedade é dividida em virtudes humanas. Sua heroína é a jovem Tris (Shailene Woodley), que descobre ter poderes convergentes após fazer uma escolha surpreendente, e a partir daí pode mudar a sociedade supostamente ideal em que vive.
O custo foi até alto (U$ 85 milhões), mas sua arrecadação foi satisfatória (U$ 288 milhões) e capaz de agendar suas continuações. Os outros livros de Veronica Roh (Insurgente – previsto para 2015; Convergente para 2016 e 2017) serão adaptados para a tela grande também, e a última parte também seguirá os passos de Harry Potter, Crepúsculo e Jogos Vorazes e será dividido em dois filmes.
Mais uma vez num futuro não muito distante se passa Maze Runner – Correr ou Morrer (The Maze Runner, 2014), o outro pequeno triunfo de bilheteria pós-Jogos Vorazes. O filme é baseado no primeiro livro (Correr ou Morrer, 2009) dos quatro livros de sucesso escrito por James Dashner – que seguem a história com Prova de Fogo (2010); A Cura Mortal (2011) e Ordem de Extermínio (2012).
A produção de modestos U$ 34 milhões tem como protagonista o jovem desmemoriado Thomas (Dylan O’Brien), que é abandonado em uma comunidade isolada formada por garotos. Logo ele se vê preso em um labirinto, onde será preciso unir forças com outros jovens para que consiga escapar. Com menos de um mês em cartaz, a ficção já atingiu mais de U$ 333 milhões nas bilheterias ao redor do mundo. Com isso, sua continuação (The Maze Runner – Schorch Trials/Prova de Fogo) já está agendada para setembro de 2015.
Entre os fracassos, temos O Doador de Memórias (The Giver, 2014). O filme baseia no primeiro dos quatro livros de Lois Lowry (The Giver/O Doador; Gathering Blue; Messenger; Son). No Brasil o livro de 1993 foi lançado com o título de O Doador (como no original, The Giver), mas devido a adaptação cinematográfica, suas edições passaram a adotar o nome de O Doador de Memórias.
Produzido por Jeff Bridges ao custo de U$ 25 milhões – que comprou pessoalmente os direitos de filmagem e é coadjuvante na fita – e dirigido pelo veterano Phillip Noyce (Jogos Patrióticos; Perigo Real e Imediato; O Colecionador de Ossos; e Salt), a ficção rendeu apenas U$ 66 milhões de dólares nas bilheterias mundiais.
O último da lista é Ender´s Games – O Jogo do Exterminador (Ender´s Games, 2013), uma adaptação do primeiro livro da série escrita por Orson Scott Card. A Saga de Ender ou Enderverso contém também os livros Orador dos Mortos (1986), Xenocídio (1991), Os Filhos da Mente (1996), A War of Gifts: An Ender Story (2007) e Ender in Exile (2008), além de Ender´s Shadow (1999), romance paralelo à Ender´s Game.
A fita é uma ficção que carrega o status de superprodução, feito por U$ 110 milhões de dólares, tem um diretor afeito à uma grande produção, Gavin Hood, de X-Men Origens: Wolverine (2008), uma grande estrela (Harrison Ford), e um elenco jovem com ótimo currículo (Asa Buterfield – A Invenção de Hugo Cabret; Abigail Breslin – Pequena Miss Shunshine; Hailee Steinfeld – Bravura Indômita). Mas não deu liga, e o resultado foram nada empolgantes U$ 125 milhões em renda mundial. Continuação é algo improvável por aqui.
Futuro: sexo?
A próxima série literária a ser adaptada é o “quero-ser-sensual-e-excitante-mas-sou-apenas-bonitinho-e-ordinário” é a trilogia 50 Tons. Escrito pela americana E. L James, a trilogia é composta por Cinquenta Tons de Cinza (2011), Cinquenta Tons Mais Escuros (2012) e Cinquenta Tons de Liberdade (2012). O primeiro filme tem estreia mundial programada para fevereiro de 2015, com a direção de Sam Taylor-Johnson, a mesma de O Garoto de Liverpool (2009). No elenco Jamie Dornan (da série de TV Era Uma Vez…) e Dakota Johnson (Anjos da Lei, 2012).
Ao custo de U$ 40 milhões de dólares e sem estrelas no elenco, a projeção do estúdio Focus para a adaptação do livro que já vendeu mais de 70 milhões de cópias depende de qual classificação etária ele terá nos cinemas. Mas, para Cinquenta Tons de Cinza (Fifty Shades of Grey, 2015) o mínimo esperado é o de algo entre U$ 150 e 200 milhões para a obra em sua bilheteria mundial. Pelo trailer o tom de pornô-soft (que já seria leve) é ainda mais amenizado e o clima de muitas caras, bocas, gritos e gemidos invade a tela, sem nunca incitar algo mais forte e adulto, e sim algo mais para o light.
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