A maior festa do cinema acontece no próximo domingo (28). Mas, antes do tapete vermelho ser estendido, que tal saber mais curiosidades sobre a 88ª edição do Prêmio da Academia? Entre os filmes mais indicados estão O Regresso (2015), com 12 indicações e Mad Max – Estrada da Fúria (2015), com 10 nomeações. Correm por fora o jornalístico Spotlight – Verdades Reveladas (2015) e o irônico A Grande Aposta (2015). Mas o Clube Cinema levantou informações da premiação que você talvez não saiba, incluindo a fila de espera de Leonardo DiCaprio, um recordista com 50 indicações, o Brasil no Oscar e muitas outras curiosidades. Vamos a elas:
1. Big-five
Nenhum dos indicados ao Oscar de melhor filme podem ganhar o chamado big-five ou cinco principais prêmios (filme, direção, ator, atriz e roteiro). A razão é que nenhum dos oito filmes contempla todas as categorias das cinco categorias mais importantes. Somente três filmes ganharam o big-five: Aconteceu Naquela Noite (1934), Um Estranho no Ninho (1975) e O Silêncio dos Inocentes (1991);
2. Recorde?
Neste ano, apenas O Regresso (12 indicações) pode quebrar ou empatar o recorde de prêmios para apenas um filme. Ben-Hur (1959), Titanic (1997) e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (2003) ganharam 11 estatuetas, cada, incluindo melhor filme;
3. Continuação
Mad Max – Estrada da Fúria (2015), pode se tornar a segunda continuação a ganhar o Oscar de Melhor Filme. O único filme que conseguiu a façanha foi O Poderoso Chefão – Parte II (1974) de Francis Ford Coppola;
4. Personagens reais
Um fato exatamente igual ao ano anterior chama a atenção. Apenas um entre os cinco atores interpreta um personagem que não é baseado em uma história real, Matt Damon (Perdido em Marte). Bryan Cranston (Dalton Trumbo em Trumbo: Lista Negra), Eddie Redmayne (Einar/Lili em Garota Dinamarquesa), Michael Fassbender (Steve Jobs em filme homônimo) e DiCpario (Hugh Glass em O Regresso) interpretam personagens reais;
5. Bi
Caso vença por sua atuação em Garota Dinamarquesa, Eddie Redmayne será o terceiro ator da história que conseguiu ser bi-campeão da premiação. Tom Hanks – por Filadélfia (1993) e Forrest Gump (1994) – e Spencer Tracy – por Marujo Intrépido (1937) e Com os Braços Abertos (1938) – venceram o Oscar de melhor ator por duas vezes consecutivas. Redmayne venceu o Oscar de melhor ator na cerimônia passada por A Teoria de Tudo (2014);
6. Fila de espera
Muito se fala na fila de espera de Leonardo DiCpario no Oscar. Indicado por O Regresso, ele pode finalmente ganhar o prêmio de melhor ator depois de cinco nomeações em 23 anos (ele tem mais uma, como produtor/melhor filme, por O Lobo de Wall Street). Sua primeira indicação veio como coadjuvante por Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador (1993). Mas com Al Pacino aconteceu algo pior, pois ele concorreu muito mais antes de vencer sua única estatueta. Para ganhar o prêmio de melhor ator por Perfume de Mulher (1992), o veterano esperou oito indicações em 21 anos. Sua primeira nomeação veio em 1972, como coadjuvante em O Poderoso Chefão (1972);
7. Filme estrangeiro
Infelizmente o espetacular nacional Que Horas Ela Volta? (The Second Mother) não conseguiu chegar entre os finalistas. Favorito ao Oscar de filme estrangeiro, O Filho de Saul (Saul Fia) pode dar à Hungria, o prêmio depois de 35 anos. Mephisto, venceu em 1981;
8. Rocky Balboa
Antes de Creed – Nascido para Lutar, todas as duas nomeações de Sylvester Stallone vieram de Rocky, Um Lutador (1976), como melhor ator e roteiro original. Depois de 40 anos ele volta a ser indicado pelo mesmo papel (Rocky Balboa), agora como coadjuvante;
9. Brasil
Representante brasileiro em 2016, o longa O Menino e o Mundo (2013) de Alê Abreu, disputa o prêmio de animação contra o favoritismo de Divertida Mente (2015) da Disney/Pixar e a tradição dos estúdios Ghibli, com Memórias de Marnie (2014). A última vez que o Brasil teve um filme na disputa foi em 2004, com o curta-metragem Uma História de Futebol (1998) de Paulo Machline. ;
10. Spielberg
Com a indicação ao Oscar de melhor filme para Ponte dos Espiões, Steven Spielberg virou recordista como maior produtor indicado ao prêmio. Ele concorreu por por E.T. O Extra-Terrestre (1982), A Cor Púrpura (1985), O Resgate do Soldado Ryan (1998), Munique (2005), Cartas de Iwo Jima (2006), Cavalo de Guerra (2011), Lincoln (2012) e venceu em A Lista de Schindler (1993);
11. Diretores
Entre os diretores, dois vencedores concorrem com três estreantes. Alejandro Gonzalez Iñarritu, que concorre por O Regresso, já venceu por Birdman (2014). E George Miller, que está indicado por Mad Max – Estrada da Fúria, já ganhou a estatueta pela animação Happy Feet – O Pinguim (2006). Adam McKay (A Grande Aposta), Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack) e Tom McCarthy (Spotlight) são os calouros da vez;
12. Bilheteria
Entre os indicados ao Oscar de Melhor Filme, a maior bilheteria pertence a Perdido em Marte, com U$ 228,2 milhões de dólares arrecadados nos EUA. O de menor é O Quarto de Jack, com pouco mais de U$ 12 milhões;
13. Netflix
Dois dos cinco documentários indicados ao Oscar já estão disponíveis no Netflix: What Happened, Miss Simone? (2015) e Amy (2015). Por sua vez, Mad Max – Estrada da Fúria e Perdido em Marte já estão disponíveis em DVD e Blu-ray no Brasil;
14. John Williams
Pessoa viva que mais recebeu indicações ao Oscar, com 50 nomeações, John Williams concorre novamente em 2016 com a trilha sonora de Star Wars – Episódio VII: O Despertar da Força O compositor de 84 anos já venceu cinco prêmios (Um Violonista no Telhado, 1971; Tubarão, 75; Star Wars IV, 1977; E.T., 1982; A Lista de Schindler, 1993).
15. Apresentador negro
Em meio ao burburinho de um Oscar sem negros entre os principais indicados, seu apresentador é o comediante Chris Rock, que é afro-americano. Depois da experiência em 2005, é a segunda vez que ele é o host da premiação;
16. Agradecimento legendado
Na cerimônia de 28 de fevereiro, a Academia já impôs aos seus vencedores que seus agradecimentos não ultrapassem os 45 segundos. Para fazer com que a medida funcione, todos os nomeados já passaram uma lista prévia com os nomes das pessoas que gostariam de agradecer. A medida visa deixar a festa mais ágil, e incentivar para que os discursos sejam mais inspiradores, e não um festival de nomes de pessoas.