007 – Cassino Royale (2006) de Martin Campbell
O filme: é a adaptação do livro de Ian Fleming que descreve os primeiros passos do agente 007. Em sua primeira missão, James Bond (Daniel Craig), tem de impedir que Le Criffre (Mads Mikkelsen), um financiador de guerrilheiros, vença um torneio de pôquer no Cassino Royale.
Para entrar no jogo milionário, Bond terá que entrar em ação com a ajuda de um informante local (Giancarlo Giannini) e uma agente do Tesouro Nacional (Eva Green) a tiracolo.
Porque assistir: é interessante perceber a história como um começo de tudo. De como a personalidade de 007 foi moldada (em relação às mulheres, aos inimigos, ao trabalho). Além de saber como tratar do ego no dia-a-dia e sua forma de utilizar a força física (que aqui é em alta voltagem), mas que com o passar dos anos passa a ser bem mais estratégico.
Daniel Craig que, vale ressaltar, não é exemplo de beleza, é carrancudo e carrega um bico por todo o filme. Porém tem a imponência e a virilidade transbordando na tela em um tom necessário para o ritmo da nova apresentação do personagem em si.
Sua fórmula do Bond é simples, tem 10% de charme, 20% de físico e 70% de pura brutalidade, além do clima sombrio permeando o filme.
A música-tema da vez é “You Know My Name”, por Chris Cornell.
Melhores momentos: já começa a todo vapor, mostrando Bond ganhando sua permissão para matar (exatamente a alcunha de “00”) numa audaciosa missão planejada por “M” (Judi Dench), sua chefe na Inteligência Britânica.
O capotamento espetacular do seu novo Aston Martin, uma tentativa de salvar uma certo alguém do afogamento dentro de um elevador e o um interrogatório entre um Bond nu e açoitado e um Le Criffre emputecido.
Pontos fracos: certamente 15 minutos a menos de projeção dará mais ritmo à fita.
Na prateleira da sua casa: é um grande filme e se tornou um dos melhores da saga de James Bond. Está tudo no lugar, da abertura estilizada acompanhada de uma nova canção até as cenas violentas, das sequências de ação de enlouquecer (bem ao estilo de Jason Bourne), temos paisagens perfeitas, as mulheres sensuais, seus carros maravilhosos e algumas engenhocas (mesmo que não sejam nada demais).
E claro, o Martini e suas frases de efeito (“Bond. James Bond”), são o suficiente para levar este filme da prateleira da locadora para casa.