Em meio a Segunda Guerra Mundial, entre 27 de maio e 4 de junho de 1940, aconteceu a Operação Dínamo, mais conhecida como a Evacuação de Dunquerque, a qual soldados aliados da Bélgica, do Império Britânico e da França foram encurralados pelo exército alemão e tiveram de ser resgatados durante uma feroz batalha na praia de Dunquerque (ou Dunkirk, no original).
Dunkirk (2017), o novo filme de Christopher Nolan – indicado ao Oscar de melhor filme e roteiro por A Origem (2010), melhor roteiro original por Amnésia (2000), e que tem na filmografia a Trilogia de Batman, O Cavaleiro das Trevas (2005; 2008; 2012) – é um épico de guerra. E que filme, capaz de deixar qualquer um estupefato. Escrito também pelo diretor, é uma obra de sensações.
Com senso de urgência impressionante e uma técnica impecável, é um filme de resgate e foca em três histórias diferentes da Evacuação de Dunquerque. Uma hora de confronto no céu, onde o piloto Farrier (Tom Hardy) precisa destruir um avião inimigo; um dia inteiro em alto mar, onde o civil britânico Dawson (Mark Rylance) leva seu barco de passeio para ajudar a resgatar o exército de seu país; e uma semana na praia, onde o jovem soldado Tommy (Fionn Whitehead) busca escapar a qualquer preço.
Nada de efeitos especiais, tela azul e explosões mirabolantes. Aqui o foco é no realismo e na dor de estar no meio do campo de guerra, à espera de um resgate que ninguém sabe se vai acontecer. São 400 mil soldados na praia, em busca de alguma esperança no horizonte. essa última frase pode até ter soado clichê demais, mas a sensação que se tem ao conferir Dunkirk, um dos grandes filmes do ano, é de pura tensão.
A convite da rede Cinépolis, conferi a superprodução numa sala com movimentos e efeitos sensoriais 4DX. E garanto, eu me senti literalmente no meio do campo de guerra. A experiência audiovisual é bem imersiva, e nos coloca de forma participativa na trama, com efeitos e sensações sincronizados ao filme.
Durante os tiroteios, os efeitos de espirros de ar fazem as vezes dos tiros, zunindo bem perto dos seus ouvidos. Quando a trama parte para o confronto no ar, a cadeira balança quase que flutuando, de acordo com as voltas dadas pelos pilotos em guerra. Sem falar das rajadas de vento, que constantemente deixam uma sensação de frio. E como estamos falando de resgate marítimo, os jatos d´agua do filme acompanham você no cinema e não deixam dúvidas que quem está na água, é para se molhar mesmo. Isso sem esquecer da névoa.
Acompanhando a tudo isso, as poltronas possuem sistema eletrônico de movimentos, que simula quedas, (muita) trepidação e (altas) vibrações. Não tem cinto de segurança, mas até que poderia ter. Além das reações citadas, a sala possui também instalações especiais nas paredes e teto, que geram efeitos de luzes.
Dunkirk na sala 4DX é uma experiência para enlouquecer os sentidos, te levar para dentro da guerra e faz você viver momentos de muita tensão e emoção. Não necessariamente nessa ordem.
Serviço:
Dunkirk (2017) de Christopher Nolan | Cópia 2D (107 minutos)
Em exibição na sala 4DX – Cinépolis Riomar Fortaleza
Ingressos: R$ 56,00 (Inteira) e R$ 28,00 (Meia) – todos os dias e sessões
Para mais informações consulte o www.cinepolis.com.br