A Visita (The Visit, 2015) de M. Night Shyamalan
Depois de arrepiar (e surpreender) meio mundo com O Sexto Sentido (1999) – indicado ao Oscar de filme, direção e roteiro – M. Night Shyamalan engatilhou um filme pior do que o outro. Fim dos Tempos (2008), O Último Mestre do Ar (2010) e Depois da Terra (2013), são os exemplos mais claros que seu toque de midas já era.
A saída foi voltar pequeno. Com uma história original, elenco desconhecido, um final com uma viradinha e a câmera na mão, A Visita é a aterrorizante redenção de Shyamalan. Todo produzido em found-footage (filme com imagens encontradas, de estética de câmera na mão e personagens falando para o espectador), o filme custou meros U$ 5 milhões e rendeu U$ 98,4 milhões de dólares em bilheteria mundial.
Quando vão passar uma semana com seus avós em uma isolada fazenda na Pensilvânia, Becca (Olivia DeJonge) e Tyler (Ed Oxenbould) logo descobrem que há algo errado com seus velhos parentes. Os idosos estão envolvidos com coisas profundamente perturbadoras que colocam a vida dos netos em perigo. Diante de estranhas regras e comportamento cada vez mais assustador, as crianças acabam percebendo que vão precisar de toda sua inteligência para voltar vivas para casa.
Entre os sucessos do roteirista e diretor M. Night Shyamalan estão também Corpo Fechado (2000), Sinais (2002), A Vila (2004) e o controverso A Dama na Água (2006). O suspense marca o encontro do cineasta com o produtor Jason Blum, o mesmo de Atividade Paranormal (2007), Sobrenatural (2010), A Entidade (2012) e Uma Noite de Crime (2013) – e suas continuações.
A Visita é a prova que M. Night Shyamalan ainda sabe escrever e conduzir um bom suspense. A dupla de jovens é excelente, vovó e vovô dão arrepios, há alívios cômicos e tem espaço ainda para uma surpresa final. Disponível em DVD (Universal, preço sugerido R$ 39,90), a produção apresenta poucos extras, mas bem interessantes. Há ‘Cenas Eliminadas’ e um ‘Final Alternativo’. Agora veja o filme e tente não sonhar com os cookies da vovó.